Cristiano Passos, que é do mesmo partido do prefeito, é quem vai presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Foto: Divulgação/Câmara de Sorocaba
Numa possível manobra política, nove vereadores da base de apoio do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) na Câmara entraram, na manhã desta quinta-feira (28), com um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar denúncias feitas pela TV TEM que mostram um suposto esquema milionário envolvendo o atual governo e as empresas de familiares de Jorge Hial, conhecido como Tupã, agora ex-diretor de trânsito da Urbes — foi exonerado na sexta-feira (22).
O requerimento de abertura da CPI foi assinado por Caio Oliveira (Republicanos), Cristiano Passos (Republicanos), Dylan Dantas (PL), Fábio Simoa (Republicanos), João Donizeti (PSDB), Luis Santos (Republicanos), Rodrigo do Treviso (União), Silvano Jr. (Republicanos) e Vinícius Aith (PRTB).
Com a entrega à Mesa Diretora do requerimento assinado pelos vereadores, conforme o artigo 63, parágrafo 2° do Regimento Interno, o presidente da Câmara, Cláudio Sorocaba (PL), criou a Comissão Parlamentar de Inquérito. A bancada aliada do prefeito nomeou Cristiano Passos como presidente e Luis Santos como relator.
Os parlamentares que vão investigar a relação do Governo Manga com a Família Hial – ou pelo menos parte deles – são os mesmos que integraram outras duas CPIs: a da educação e da saúde. Ambas não deram em nada.
Por isso, há quem ateste que a nova manobra tem como propósito impedir a investigação que os vereadores de oposição – Fernanda Garcia (PSOL), Iara Bernardi (PT) e Francisco França (PT) – tentavam emplacar no Legislativo.
Até a noite de quarta-feira (27), por exemplo, esta CPI tinha apenas três assinaturas, mas na manhã desta quinta-feira (28), ganhou ainda o apoio de Salatiel Hergesel (PDT).
Repercussão nas redes sociais
Minutos depois que a abertura da CPI, composta apenas por vereadores da situação, foi divulgada pelo ZNorte nas redes sociais, a repercussão foi imediata. A maioria dos internautas considera que a investigação é mais uma cortina de fumaça e que, outra vez, vai acabar em pizza.
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