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Homenagem a Risco e cultura hip-hop marcam StreetFest 019

Evento foi realizado na noite de quinta-feira; Projeto celebra a diversidade através da cultura urbana

Suelen Biason*

Foto: Suelen Biason

Na última quinta-feira, dia 25, a Sala Vermelha da Prefeitura de Campinas foi palco da celebração do projeto StreetFest 019. O evento reuniu entusiastas da cultura hip-hop para a exibição de um curta-metragem que documentou as atividades do projeto. O Street Fest 019 abraça diversas formas de arte, como graffiti, breaking, skate, basquete de rua, esportes urbanos, jogos eletrônicos e outras manifestações culturais com o objetivo de levar o acesso à arte à comunidade.

Durante o evento, uma homenagem foi prestada ao educador social e artista Risco (Fábio Danilo), com discursos e intervenções artísticas como tributo. Risco morreu na sexta-feira, dia 19 de abril, após um acidente de moto. Ele desempenhou um papel crucial no crescimento da cultura local, sendo fundamental para o desenvolvimento de diversos movimentos culturais através de suas contribuições musicais e educacionais.

Mesa de debate e intervenção artística

O evento também incluiu duas mesas de debates com o tema “Desafios da cultura de rua e inclusão social entre crianças e jovens”, com a participação de diversos apoiadores do StreetFest, como coordenadores de diferentes áreas, educadores sociais e produtores culturais. Felipe Gonçalves, coordenador de políticas para a juventude na Prefeitura Municipal de Campinas, enfatizou a importância de ocupar os espaços públicos e construir junto com a juventude.

Foto: Suelen Biason

“Precisamos ocupar esses espaços, os espaços públicos. Esse é o movimento hip-hop. A juventude tem voz e espaço”, disse Felipe.

As vivências e os desafios enfrentados nos 50 anos de hip-hop foram discutidos, com destaque para a necessidade de valorizar as experiências individuais. André Qui, skatista, pontuou sobre o impacto do esporte nesse meio. “A sociedade de hoje perdeu o elo com a juventude, e a reação a essa proposta é dar valor às vivências individuais. Pode sim haver uma vertente marginalizada, porque não existia abertura de entender ou acessar melhor isso, mas as barreiras se romperam, e o esporte como skate, basquete, breaking, precisam ser valorizados”.

Durante o microfone aberto, Ana Maria, mãe de Risco, fez um apelo emocionado para que as mães e famílias se envolvam nos projetos, buscando engajamento para quebrar rótulos e promover uma maior inclusão.

Além disso, houve intervenções artísticas, como a exposição fotográfica de Joey Daminelli, retratando sua trajetória no universo do skate, e a participação do jovem cantor de funk, Cauãzin 019, de 15 anos, com uma música dedicada à ocasião.

Foto: Suelen Biason

Também estiveram presentes a secretária da Cultura e Turismo, Alexandra Capriolli, o vereador Luiz Cirilo e o deputado Perminio Monteiro.

*Sob supervisão de Isadora Stentzler

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