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Dengue: Campinas chega a 75 mil casos e 47 mortes suspeitas

O volume de casos amplia a maior epidemia de dengue da história de Campinas

Da Redação

Campinas tem a pior epidemia por dengue da história. Foto: Divulgação

Campinas chegou a 75 mil casos de dengue em 2024. Os números foram atualizados pela Secretaria Municipal de Saúde na segunda-feira (6). Ao todo, de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, foram registrados 75.807 moradores com a doença, além de 16 mortes.

O volume de casos amplia a maior epidemia de dengue da história de Campinas. A marca foi alcançada em 26 de abril, quando o município superou os 65.754 casos registrados em 2015, até então o maior volume da série histórica. Somente no mês de abril foram registrados 31 mil casos.

O índice segue o pico projetado pela Prefeitura de Campinas. Em 1º de março, a Administração estimou que o município poderia alcançar 100 mil casos de dengue em 2024. O pico seria justamente entre abril e maio.

Busca por atendimento

Desde fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde orienta que pacientes com febre busquem atendimento no centro de saúde mais próximo.

Já os pacientes que, além da febre, apresentarem algum outro sintomas, como tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos devem procurar a um pronto-socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Mortes

Até a segunda-feira, Campinas registrou 16 vítimas fatais pela dengue em 2024. Entre as vítimas, está uma menina de 10 anos, que era moradora da região do Jardim Fernanda.

Confira todos óbitos pela doença em 2024:

Homem, 43 anos: atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Pedro Aquino. Ele não tinha comorbidade, apresentou sintomas em 13 de março e o óbito ocorreu em 17 de março.

Mulher, 84 anos: atendida na rede privada de saúde e moradora da área de abrangência do CS Santos Dumont. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 7 de março e o óbito ocorreu em 12 de março.

Menina, 10 anos: atendida na rede pública e saúde e moradora da área de abrangência do CS Fernanda. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 1º de abril e o óbito ocorreu em 5 de abril.

Mulher, 39 anos: atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do Centro de Saúde (CS) União de Bairros. Ela apresentou sintomas em 24 de fevereiro e o óbito ocorreu em 2 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

Mulher, 91 anos: atendida na rede privada de outro município e moradora da área de abrangência do CS Santo Antônio. Ela teve sintomas em 24 de janeiro e o óbito foi em 30 de janeiro. O sorotipo não foi identificado no exame.

Homem, 63 anos: atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Vista Alegre. Ele apresentou sintomas em 8 de março e o óbito foi em 13 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.

Mulher, 89 anos: atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Sousas. Ela teve sintomas em 10 de março e o óbito ocorreu em 14 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.

Homem, 72 anos: atendido na rede pública e morador da região do Centro de Saúde União dos Bairros. Apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro e o óbito ocorreu em 3 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2 da dengue.

Homem, 94 anos: atendido na rede privada e morador da região de abrangência do Centro de Saúde Integração. Ele apresentou sintomas em 10 de fevereiro e o óbito ocorreu em 15 de fevereiro. O sorotipo não foi identificado no exame.

Mulher, 86 anos: atendida na rede privada e moradora da região de abrangência do Centro de Saúde DIC III. Ela apresentou sintomas em 11 de fevereiro e o óbito foi em 15 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

Mulher, 94 anos: moradora do Jardim Eulina, região da cidade com maior incidência de casos da doença. A vítima iniciou sintomas em 30 de janeiro e foi atendida na rede privada, sendo que veio a óbito no dia 12 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.

Mulher, 73 anos: moradora da área de abrangência do CS 31 de Março. Tinha comorbidades e foi atendida na rede privada. Os sintomas começaram em 10 de março e a morte ocorreu em 4 de abril. Infectada pelo sorotipo 1.

Homem, 99 anos: morador a área de abrangência do CS Sousas. Tinha comorbidades e foi atendido na rede privada. Os sintomas começaram em 8 de março e a morte ocorreu no dia 28 do mesmo mês. O sorotipo não foi identificado no exame.

Mulher, 50 anos: moradora da área de abrangência do CS DIC 3. Não tinha comorbidades e foi atendida na rede pública. Os sintomas começaram em 18 de março e a morte ocorreu no dia 21 do mesmo mês. Infectado pelo sorotipo 2.

Mulher, 74 anos: moradora da área de abrangência do CS Costa e Silva. Tinha comorbidades e foi atendida na rede privada. Os sintomas começaram em 25 de março e a morte ocorreu no dia 28 do mesmo mês

Homem, 83 anos: morador da área de abrangência do CS Taquaral. Tinha comorbidades e foi atendido na rede privada. Os sintomas começaram em 3 de abril e a morte ocorreu no dia 8 do mesmo mês.

Além das mortes confirmadas, o Ministério da Saúde investiga 47 óbitos suspeitos no município.

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