Em menos de 10 dias, pelo menos três escolas municipais foram invadidas e furtadas em Sorocaba, de acordo com denúncias enviadas ao PORQUE. As ocorrências foram registradas durante o período de 3 a 10 de agosto, nos Centros de Educação Infantil (CEI) 93 Madre Teresa de Calcutá, no Wanel Vile; CEI 33 Elvira Nana Monteiro, Nova Esperança; e CEI 36 Dra. Abney Medeiros Carneiro, no Parque Ouro Fino. Já no CEI 108 Antonio Bengla Mestre, também no Parque Ouro Fino, houve tentativa de invasão.
Cilindros de gás de cozinha, canos da caixa d’água e até mesmo fios de energia elétrica estão entre os itens furtados pelos invasores das unidades escolares. Testemunhas ouvidas pelo PORQUE alegam que as invasões e furtos aconteceram devido à ausência de vigilantes nas escolas durante o período noturno.
Os profissionais, contratados pela empresa SM Service Terceirizados Ltda., terceirizada pela Prefeitura, anunciaram greve por falta de pagamento no dia 29 de julho. Com a ocorrência dos crimes, parte dos vigias retornaram aos postos de trabalho, afirmaram funcionários das unidades, que preferiram não se identificar. Leia mais sobre a greve dos vigias aqui.
O PORQUE entrou em contato com a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
DESCASOS
O PORQUE tem acompanhado a situação dos vigilantes contratados pela empresa terceirizada da Prefeitura de Sorocaba. Em 30 de junho, o governo Manga renovou contrato de R$ 5,7 milhões com a SM Service, mesmo após a empresa dar calote sistemático aos trabalhadores desde o mês de março. Ao todo, o Executivo sorocabano já pagou quase R$ 9 milhões para a empresa, de acordo com consulta realizada no Portal da Transparência.
O anúncio da renovação foi recebido com protestos pelos vigilantes, que denunciaram uma série de descasos da empresa. Além dos salários atrasados, trabalhadores ouvidos pelo PORQUE relataram problemas envolvendo vale-refeição parcelado, condições precárias de trabalho e calote no FGTS. Com a falta de cumprimento do acordo proposto pela SM Service, os vigias anunciaram greve no dia 29 de julho.
