Por dois votos a um, a Junta Disciplinar Desportiva do Município decidiu pela exclusão do Esporte Clube Paranazinho da Taça Cidade de Sorocaba, a 1ª Divisão do Campeonato de Futebol Varzeano. O despacho foi publicado na noite desta quinta-feira (9).
O documento informa ainda que a agremiação está suspensa por um ano e, assim, neste período, não poderá participar de qualquer competição organizada pelo município. Com isso, o Paranazinho só deverá voltar a disputar campeonatos em 2025 e reiniciar pela Taça Manchester, a 4ª Divisão.
O presidente do time, José Mário da Silva, disse que recebeu a decisão com muita surpresa. “Tudo indicava que a gente iria perder alguns pontos e apenas cair de divisão, da Taça Cidade para a Tropeiros, mas infelizmente, mais uma vez, houve tráfico de influência e a decisão da comissão julgadora foi política”, acusa.
Ainda segundo Zé Mário, uma reunião de última hora na Secretaria de Esportes e Qualidade de Vida teria mudado o rumo da decisão. “Estamos em busca de provas concretas dessa reunião para ver o rumo que o clube pode tomar. Se vamos recorrer da decisão na própria Junta Disciplinar do Município ou na Justiça Comum”, adianta.
Para ele, outros acontecimentos na Taça Cidade deste ano – o não julgamento do caso de agressão em jogo do Maria Eugênia, citado em súmula, e a entrega de pontos do mesmo Maria Eugênia para o Dálmatas – macularam a reputação do campeonato “que nunca foi muito boa, mas que neste ano, infelizmente, decisões políticas tomaram conta da Secretaria [se referindo à Secretaria de Esportes]”.
Entenda o caso
O Paranazinho foi julgado na noite de quarta-feira (8), com base no artigo 69-A da Lei 8.474/08, porque um torcedor do clube deu um soco na boca do juiz Marcelinho Macaxeira, após a partida realizada no dia 29, no Estádio Euzébio Moreno, o campo do Barcelona.
Na ocasião, o Paranazinho foi derrotado pelo Vila Helena por 3 a 2. O árbitro, quando deixava o campo, mesmo escoltado por guardas municipais, foi agredido por Gabriel Henrique Oliveira Salinas, que vestia a camiseta do clube.
Depois de alguns xingamentos, Gabriel acertou um soco na boca de Marcelinho Macaxeira. Quando os guardas tentaram intervir, a agressão já havia sido consumada. O caso foi relatado em súmula, julgado e a decisão divulgada nesta quinta-feira (9).
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