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Torcedor do Paranazinho agride árbitro e time corre risco de exclusão; veja o vídeo

Presidente da agremiação com sede na zona norte de Sorocaba alega que foi ato isolado e que, se necessário, vai recorrer à Justiça Comum

Jesus Vicente (Portal Porque)

O árbitro de futebol Marcelo Souza da Silva foi agredido com um soco na boca, no começo da tarde deste domingo (29), quando deixava o gramado do Estádio Euzébio Moreno, na Barcelona.

Marcelinho Macaxeira, como é conhecido, havia acabado de apitar a partida em que o Vila Helena derrotou o Paranazinho por 3 a 2, válida pela penúltima rodada da fase de classificação da Taça Cidade de Sorocaba, a 1ª Divisão do Campeonato de Futebol Varzeano.

Quando estava saindo do campo, escoltado por guardas civis municipais, o torcedor do Paranazinho, identificado como Gabriel Henrique Oliveira Salinas, desferiu um soco na boca do árbitro.

O caso

Depois de uma arbitragem considerada desastrosa, com ao menos três erros capitais contra o Paranazinho, Marcelinho pediu reforço na segurança para poder deixar o gramado.

Ao menos sete homens da Guarda Civil Municipal atenderam ao chamado de proteção ao árbitro. No entanto, quando ele deixava o campo, já na área mista de acesso ao estádio, ao bar e aos vestiários, Gabriel o cercou e, depois de alguns xingamentos, lhe desferiu um cruzado de esquerda.

Contido pelos guardas, agressor e agredido foram então levados à delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal.

Desmembramento

O artigo 69-A da lei que rege a várzea sorocabana – número 8.474/2008 – prevê a exclusão da competição e até cinco anos de suspensão de uma equipe, caso integrantes da sua comissão técnica, jogadores, funcionários, colaboradores ou torcedores agridam fisicamente a arbitragem.

O presidente do Paranazinho, José Mário da Silva, lamentou o ocorrido, mas defende que seu time não pode ser punido com exclusão. “O caso aconteceu meia hora depois do apito final e, infelizmente, por um motivo básico: a péssima arbitragem. O jogo foi transmitido ao vivo e qualquer um pode ver como ele [se referindo ao juiz] atuou. Uma atuação desastrosa, para não dizer tendenciosa”, conta.

José Mário acrescenta que nada justifica o que o torcedor fez. Por outro lado, diz que a origem da revolta do rapaz está na atuação “criminosa do juiz”. “Para completar, a GM, chamada para dar segurança, não cumpriu seu papel”, emenda.

O presidente do Paranazinho avisa que o clube já constituiu advogado e que vai esperar a súmula para saber o rumo a seguir. “Uma coisa é certa: somos contra qualquer tipo de agressão, mas também somos contra as injustiças que vêm ocorrendo na nossa várzea”, afirma. “Esperamos não precisar, mas se precisar, vamos recorrer à Justiça Comum em defesa dos direitos do Paranazinho.”

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