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Banheiro interditado e situação precária da UPH Zona Norte revolta pacientes

Leitor denuncia que as pessoas precisam usar banheiro no fraldário do local, que tem apenas um vaso sanitário em funcionamento

Maiara Beatriz (Portal Porque)

Banheiros da UPH da Zona Norte são interditados e pacientes tem de recorrer a fraldário. Foto: Cortesia do leitor

Más condições da UPH (Unidade Pré Hospitalar) Zona Norte, localizada na Avenida Itavuvu, causaram revolta em um leitor que precisou recorrer ao atendimento da unidade na madrugada desta terça-feira (23). Os dois banheiros que ficam na recepção estão interditados, tanto o masculino quanto o feminino. A solução usada pela administração do local, segundo o leitor, foi direcionar todos os pacientes a um fraldário, onde, além do espaço para troca de crianças, há dois vasos sanitários. Porém, apenas o reservado para crianças especiais funciona.

Idosos, homens, mulheres e crianças que aguardam na recepção por atendimento enfrentam fila para usar o mesmo banheiro, com um único vaso sanitário. “Às vezes, as mães querem trocar as crianças naquele fraldário e fica aquela fila de idoso querendo usar o banheiro parada ali. Aí o que acontece, as pessoas vão para rua fazer xixi atrás de coqueiro, um absurdo”, conta o homem.

O leitor esteve na UPH há cerca de 15 dias e conta que as condições no banheiro já estavam precárias, sem papel higiênico, descarga nos vasos sanitários, sabonete, lixo, além de torneiras quebradas e portas sem tranca. “Um absurdo, um caos. Aí você fala lá e eles acham ruim com você”, revela.

A lotação na unidade também revoltou o leitor, que estava com suspeita de dengue e, por isso, procurou a unidade nesta madrugada, à 1h, e saiu somente por volta de 5h30. Ele conta que estava com ânsia e procurou o banheiro. Assim que viu o local interditado, conversou com um funcionário, que o orientou a usar o fraldário. Indignado por ter de usar um local que deveria ser reservado a crianças, perguntou se não poderia usar os banheiros que ficam na outra parte da unidade, para onde vão os pacientes que já passaram pela triagem, mas foi impedido por ainda não ter sido submetido a este processo.

Outros problemas relatados são fios expostos nas tomadas das paredes do local, onde crianças e adolescentes carregam telefones celulares. Além disso, o bebedouro da recepção também apresenta problemas, pois apenas a torneira de água gelada está funcionado. “Todo mundo com tosse, doente, problemas de gripe, sabe? Essas coisas aí são meio sem noção”, revela. O leitor também relata que foi impedido de gravar a situação precária da UPH por um segurança, que disse não ser permitido usar o celular para gravação de vídeo.

O Portal Porque questionou a Prefeitura de Sorocaba e o Instituto Avante Social, que administra a unidade de saúde sobre as condições do local. Ambos não responderam até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para esclarecimentos posteriores. 

 

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