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Morador do Jd. Brasilândia foi multado em R$ 4 mil por mato que está na rua, que não é asfaltada. Foto: Cortesia do leitor -
Claudeli chegou a recorrer da multa mas teve a negativa por parte da prefeitura. Foto: Cortesia do leitor -
Matagal que vem da rua sem asfalto já tomou a calçada construída pelo morador para dar mais condições de caminhada aos vizinhos. Foto: Cortesia do leitor
Há três meses, a reportagem do Portal Porque esteve na Rua Alonso Muchon, localizada no Jardim Brasilândia, Zona Norte de Sorocaba, a pedido da leitora Vera Lúcia de Oliveira. Ela pedia socorro para tentar melhorar as condições da via que é intransitável para pedestres e veículos por conta de buracos. Após 90 dias, nada mudou. Ao contrário, em lugar de resolver o problema, a “solução” foi multar um dos moradores em quase R$ 4 mil por um matagal que ele diz que não lhe pertence.
Claudeli Andrade Araújo mora na Rua João Cavalini na esquina com a Rua Alonso Muchon e foi multado, por fiscais da Prefeitura, por conta de touceiras de mato que crescem à beira da calçada por falta de asfalto na rua. A calçada, inclusive, foi construída por ele “para dar melhores condições de caminhar aos vizinhos”, já que a rua não tem asfalto, sarjeta nem guia.
O morador disse que se surpreendeu com a multa aplicada pela Prefeitura já que, desde março do ano passado, tem pedido providências para o matagal que fica no meio da rua e invade a calçada de tão alto e extenso. “A Prefeitura me multou por obstrução da calçada. Eu recorri já que não sou obrigado a colocar calçada onde nem pavimentação tem. Mesmo assim o fiscal me multou. Agora, para eu recorrer, tenho que arranjar um advogado,” critica Claudeli. Ele comprova o pedido com o número de solicitação para que a Prefeitura resolvesse o matagal.
Rua esquecida
A Rua Alonso Muchon é uma das tantas vias da periferia de Sorocaba esquecidas pelo governo municipal. De acordo com a moradora Vera Lúcia de Oliveira, 67 anos, que mora há seis anos no bairro, já são mais de 30 pedidos de reparos na rua feitos na Prefeitura, via site e telefone 156, e, até o momento, não houve nenhum retorno”, afirma.
No trecho final da rua, que termina em uma área verde, nem o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), bombeiros ou o serviço funerário vai por conta do perigo que é chegar até lá. “Precisaram carregar caixão até o trecho em melhores condições para prosseguir com um funeral”, lastimou a moradora, quando o Porque esteve no local.
O pedido de esclarecimento em relação às reclamações foi encaminhado à Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba. Caso haja um retorno, esta matéria será atualizada.
SOS Leitor
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