Os moradores do último trecho da Rua Alonso Muchon, localizada no Jardim Brasilândia, Zona Norte de Sorocaba, tomaram uma decisão radical, diante da omissão da Prefeitura: por conta própria, eles arrumaram o asfalto da via, tapando os buracos na tentativa de amenizar o estado ruim em que se encontrava.
Eles alegam que estão abandonados pelo poder público. Assim, arregaçaram as mangas, fizeram uma massa de concreto e taparam oito crateras que existiam em um trecho de aproximadamente 50 metros.
Foi a enfermeira aposentada Vera Lúcia de Oliveira, 67 anos, que mora há seis anos no bairro, quem denunciou o caso ao Portal Porque. Conforme ela, as condições do asfalto são péssimas. “São mais de 30 pedidos de reparos do asfalto feitos na Prefeitura, via site e telefone 156 e, até o momento, não obtivemos nenhum retorno”, afirma.
Vera conta ainda que, no trecho final da rua, que termina em uma área verde, nem o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), bombeiros ou o serviço funerário vai por conta do perigo que é chegar até lá. “Precisaram carregar caixão até o trecho em melhores condições para prosseguir com um funeral”, acrescenta.
Para ela, a solução é bem simples: refazer o asfalto e dar dignidade a quem mora naquela localidade. “O prefeito Rodrigo Manga veio até aqui perto, na pracinha, disse que viria alguém aqui para arrumar, mas não apareceu ninguém”, aponta.
Sorocaba abandonada
Na quarta-feira (24), o Porque já havia divulgado um vídeo retratando o péssimo estado da calçada existente na Rua Paula Souza, Centro. A postagem incentivou outras pessoas a denunciar locais abandonados pela prefeitura.
Um deles é a calçada do Centro Esportivo Dr. Pitico, Vila Angélica. Segundo Cristiane Campos Lapa, a falta de poda das árvores impede os pedestres de usar a calçada com segurança.
Já Márcia Camargo denunciou os perigos da calçada do ponto do BRT, na entrada da Avenida Santa Cruz, onde conduítes deixados à mostra podem causar acidentes.
Todas as reclamações foram encaminhadas à Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba. Caso haja um retorno, esta matéria será atualizada.
SOS Leitor
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