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Marcha da Maconha supera ignorância do prefeito Manga e coloca temas importantes em pauta

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A Marcha reuniu dezenas de jovens, adultos e pessoas com doença que necessitam do canabidiol. Foto: José Jesus Vicente/Porque

Mesmo com todos os ataques do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), a Marcha da Maconha foi realizada neste sábado em Sorocaba e deu o seu recado: o debate sobre a descriminalização da maconha é assunto sério e o populismo do prefeito só atrapalhou uma discussão que diz respeito à saúde pública e à segurança.

Derrotado na Justiça em sua guerra particular (leia mais), Manga teve de oferecer toda a estrutura para a realização da Marcha da Maconha, que contou com a segurança da polícia militar. “A marcha foi linda, não houve repressão nenhuma, apesar da quantidade enorme de policiais”, conta a psicóloga aposentada Célia Maria Ribeiro Puglia, de 73 anos.

“É sempre um prazer lutar pela democracia”, disse Célia, numa comparação da Marcha da Maconha com os atos bolsonaristas que pedem um golpe militar para impedir a posse do presidente Lula, e que, apesar de ilegal, teve o apoio escancarado do prefeito Manga (leia mais).

No meio da tarde, a Marcha partiu da praça do Fórum Velho pela rua Cesário Mota, seguiu pela Miranda Azevedo, Rua 7 de Setembro e Professor Toledo, terminando no local que começou. “Foi uma marcha pacífica, com vários gritos em favor da descriminalização da maconha, contra o racismo e contra o preconceito do prefeito Manga, que foi muito xingando durante a marcha”, conta Célia Puglia.

A psicóloga destaca que a Marcha também colocou em pauta os benefícios do uso medicinal da maconha. “Fizemos um debate importante do ponto de vista da ciência (medicamentos), da economia e da educação. Com o canabidiol é possível tratar doenças neurológicas, além de impactar na economia, com a geração de empregos. Já o uso recreativo da maconha também foi colocado em debate na Marcha. O conhecimento sobre os malefícios do uso da maconha é fundamental para que a pessoa tenha consciência e faça sua opção pelo uso ou não”, avalia a psicóloga.

A Marcha reuniu dezenas de jovens, adultos e pessoas com doença que necessitam do canabidiol. “A Marcha foi muito bem coordenada. A postura do Manga em atacar a Marcha, evidentemente, foi por questão política. Ele queria agradar os bolsonaristas, além de distrair a população com o assunto, enquanto a Câmara discutia projetos polêmicos, que geram aumento de impostos”, concluiu Célia Puglia.

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