O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) terá que explicar ao Ministério Público do Estado de São Paulo a recriação dos cargos comissionados que foram extintos pela justiça no final de 2023. A Câmara de vereadores também terá que prestar esclarecimento ao MP em 30 dias.
O promotor Orlando Bastos atendeu a representação feita pela vereadora Fernanda Garcia (Psol), que questionava a aprovação do projeto de lei, em março deste ano, que criou 21 cargos de chefe de gabinete e 88 cargos de assessor de gabinete.
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A recriação dos cargos, chamada de “cabide de empregos”, aconteceu perto de perto de vencer o prazo determinado pelo Tribunal de Justiça para que 542 cargos de confiança fossem extinguidos do governo Manga.
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O Portal Porque mostrou, na semana passada, que o prefeito Rodrigo Manga já nomeou apoiadores para os cargos recém-criados. De acordo com a reportagem, 44 nomeações para assessores de gabinete, em sua maioria, não passaram de uma relocação de ex-diretores de área, cujos cargos foram considerados irregulares pela Justiça.
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Para Fernanda Garcia, o projeto aprovado foi uma manobra de Manga que pode favorecer os chamados cabides eleitorais e abre espaço para “nepotismo, clientelismo e falta de prestação de contas”.