Escorpiões gostam de ambientes quente e úmidos. Além disso, se alimentam de baratas, que são atraídas pelo lixo acumulado. Foto: Divulgação/Pexels
Mães de alunos da Escola Municipal Basílio da Costa Daemon, no Paineiras, zona norte de Sorocaba, estão preocupados com a presença de escorpiões na unidade. A escola atende crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental no período da manhã e da tarde.
A preocupação das delas não é vã, já que Sorocaba registra, somente este ano, 82 casos de acidentes envolvendo escorpiões, sendo onze deles somente nos dois últimos dias. Duas crianças já morreram por conta do veneno de animal, uma de um ano e outra com sete anos.
A leitora Stephanie Lemos acionou o Portal Porque para pedir ajuda. Segundo ela, já foram encontrados três escorpiões dentro da sala de aula da filha, além de um no corredor. “Já abri uma solicitação na prefeitura e já falei com a direção da escola, mas não foi resolvido. Com esse aumento de casos de escorpião, estamos com medo do pior acontecer”, diz. A diretoria da escola não confirmou a denúncia feita leitora do bairro.
A escola, em si, tem todo o gramado aparado e seu entorno também. O problema, segundo moradores, está nos fundos da escola, onde uma área tem um matagal que já chega à altura do muro que tem, pelo menos, dois metros de altura. O matagal já foi tema de matéria do Porque.
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Galinhas d’angola não servem
Na quarta-feira (10), depois de mais um caso em que uma criança de sete anos foi picada por um escorpião dentro do CEI-03, na zona oeste, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) usou suas redes sociais para dizer que pediu estudos às Secretarias da Saúde e Educação com a intenção de colocar galinhas d’angola nas escolas municipais.
O Porque foi atrás de especialistas para saber se as galinhas seriam realmente efetivas no combate aos escorpiões. Para o biólogo e tecnologista sênior do Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, Paulo Goldoni, a criação de galinhas como forma de evitar escorpiões “são medidas paliativas e não efetivas”. Isso porque, segundo ele, “os galináceos podem se alimentar, mas não há obrigatoriedade que os mesmos se alimentem exclusivamente de escorpiões. Além do que galináceos têm hábitos diurnos e escorpiões são noturnos. Entretanto, escorpiões podem ser ativos durante o dia, mas a sua maior atividade física é noturna”, explica.
A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secom (Secretaria de Comunicação) foi procurada para se manifestar sobre a declaração de Manga para usar as galinhas d’angola e até a publicação desta matéria não havia se manifestado a respeito.
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Como proceder em caso de picada de escorpião
Crianças de até 10 anos de idade ou com menos de 40 kg precisam receber o soro antiescorpiônico em até 1 hora 30 minuto após terem sido picadas por escorpião. A orientação é que elas sejam encaminhadas ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) para atendimento.
Já as demais pessoas picadas pelo animal podem procurar uma das UBSs (Unidade Básica de Saúde) de Sorocaba, que podem ser consultadas neste link, conforme divulgado pelo site da prefeitura.
O que fazer em caso de acidente
- Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
- Lavar o local da picada com água e sabão;
- Não fazer torniquete ou garrote;
- Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
- Não aplicar folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
- Não ingerir bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
- Se não oferecer risco, acondicionar o animal em frasco tampado ou fotografá-lo para facilitar a identificação e tratamento adequado.
