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Cesta Básica de São Paulo é a 2ª mais cara do país

Feijão puxou alta

Da Redação

Doto: Freepik

O custo da cesta básica na cidade de São Paulo em fevereiro de 2024 foi o segundo mais alto entre as 17 cidades analisadas, atingindo R$ 808,38, o que representou um aumento de 1,89% em relação a janeiro, segundo dados referentes a fevereiro da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) divulgados pelo DIEESE, e que se estendem ao interior do estado. Comparado com fevereiro de 2023, o aumento foi de 3,72%, acumulando uma alta de 6,22% nos dois primeiros meses do ano.

Entre janeiro e fevereiro de 2024, 11 dos 13 produtos que compõem a cesta básica apresentaram aumento nos preços médios, destacando-se o feijão carioquinha (7,68%), a batata (6,45%), e o arroz agulhinha (3,58%). Enquanto isso, apenas dois produtos registraram diminuição nos valores: farinha de trigo (-1,62%) e tomate (-0,61%).

Nos últimos 12 meses, sete dos 13 produtos da cesta básica apresentaram elevação nos preços, com destaque para a batata (50,81%) e o arroz agulhinha (36,97%). Por outro lado, seis produtos registraram quedas nos preços, como o óleo de soja (-23,50%) e a farinha de trigo (-10,16%).

Em fevereiro de 2024, o trabalhador de São Paulo, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 125 horas e 57 minutos para adquirir a cesta básica, um tempo maior do que em janeiro. Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador comprometeu 61,89% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Esse percentual foi maior do que em janeiro, mas menor do que em fevereiro de 2023, quando o trabalhador comprometia 64,71% da renda líquida para comprar a cesta básica.

No Brasil

Em 14 das 17 capitais onde o levantamento é realizado mensalmente, houve aumento no valor do conjunto de alimentos.

Entre as capitais mais impactadas, São Paulo destaca-se, com o valor da cesta básica atingindo R$ 808,38. É a segunda mais cara do país, atrás apenas do Rio de Janeiro, com R$ 832,80, e atrás de Porto Alegre, com R$ 796,81. Enquanto isso, cidades como Aracaju (R$ 534,40), Recife (R$ 559,68) e João Pessoa (R$ 564,50) mantiveram cestas mais acessíveis.

É importante ressaltar que nas cidades do Norte e Nordeste, a composição da cesta básica difere das demais capitais, o que pode influenciar nos valores apresentados.

Os dados revelam ainda que, em fevereiro de 2024, o salário mínimo necessário para suprir os gastos com a cesta básica deveria ter sido de R$ 6.996,36, o que representa quase cinco vezes o valor do salário mínimo nacional, estabelecido em R$ 1.412.

Para os trabalhadores remunerados pelo piso nacional, a situação é ainda mais desafiadora. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 107 horas e 38 minutos. Mesmo após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, esses trabalhadores comprometeram em média 52,90% do seu rendimento para adquirir os itens básicos em janeiro.

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