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Vazão de Itupararanga volta ao normal e hidrelétricas saem do estado de atenção

Com excesso de chuvas, represa chegou a 90% de seu volume e vazão da água foi de 30 metros cúbicos por segundo

Fabiana Blazeck Sorrilha (Portal Porque)

Vazão defluente do reservatório para o rio Sorocaba chegou perto dos 30 metros cúbicos por segundo no período de chuvas mais intensas. Foto: Sandra Nascimento

Depois de 73 dias em estado de atenção, as hidrelétricas de Votorantim e Santa Helena voltaram a operar em estado normal, conforme divulgou nesta quarta-feira (5) a CBA (Companhia Brasileira de Alumínio). Dessa forma, a vazão da represa retorna a seus níveis operacionais normais.

Com as chuvas intensas registradas no primeiro trimestre deste ano, a vazão da represa superou 30m³/s (metros cúbicos por segundo) em 23 de janeiro, e o nível do reservatório de Itupararanga alcançou a cota de 823m, com a represa chegando a 90,73% de sua capacidade.

A grande quantidade de água em Itupararanga levou a CBA a aumentar a vazão da represa como forma de ter controle do volume de água armazenado e manter o controle do transbordamento do rio, garantindo a segurança da população.

Com a diminuição das chuvas intensas, a CBA volta ao seu cronograma normal de operação e manutenção das hidrelétricas, das quais é responsável. A empresa também informou que, conforme laudo apresentado por uma empresa independente, as barragens permanecem seguras e sem riscos estruturais.

A CBA reiterou também que segue monitorando 24 horas por dia o reservatório e atua para desempenhar uma gestão sustentável, atendendo a todas as suas múltiplas funções, como geração de energia, abastecimento público e o controle de cheias decorrentes de períodos de chuvas intensas.

Para o professor Flaviano Lima, doutorando em Ciências Ambientais pela Unesp Sorocaba, a CBA atende a legislação vigente ao informar sobre a volta ao estado normal de operação das hidrelétricas. Segundo ele, é importante checar com o Comitê de Bacia Hidrográfica Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT ) como estão as vazões defluentes do Rio Sorocaba pois, de acordo o boletim do comitê, a vazão em 23 de março era de 29,64 m³/s e a média de março foi de 28,8 m³/s.

“Além disso, estava aberto o descarregador de fundo da barragem, o que tem implicações quanto à qualidade da água. Assim, é fundamental que a CBA informe como está a vazão atual desde 23 de março e também se cessou a abertura do descarregador de fundo”, opina.

Durante o período de cheia na Itupararanga, a CBA manteve inspeções presenciais diárias na represa e adotou uma série de procedimentos operacionais para controlar a vazão de água que passa pelas barragens para o Rio Sorocaba, seguindo a regra operativa vigente e acordada por todos os membros do Comitê de Bacia do Rio Sorocaba e Médio Tietê (Saae de Sorocaba, Águas de Votorantim, Sabesp, Daee, Cetesb, representantes do executivo de Alumínio, Votorantim e Sorocaba, Instituto Florestal, Gaema, CBA, além de Universidades e ongs).

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