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Família faz vakinha para ajudar no tratamento da filha com paralisia cerebral

Valentina Aparecida, de sete anos, vai ficar sob cuidados de home care e a família precisará adaptar a casa para atender às suas necessidades especiais

Maiara Beatriz (Portal Porque)

Menina foi diagnosticada com paralisia cerebral, que resultou em tetraplegia e deficiência intelectual. Foto: Cortesia da família. Foto: Arquivo Pessoal

A pequena Valentina Aparecida, de sete anos, diagnosticada com paralisia cerebral, estava internada e precisou ser entubada. A mãe, Mirella Cristina dos Santos, conta que a filha passou pelo processo de traqueostomia e gastrostomia. Agora, ela ficará sob os cuidados de home care. Porém, embora o convênio cubra o tratamento domiciliar, a família precisará construir mais um quarto para que sejam garantidas todas adaptações necessárias ao seu bem estar e, por isso, realiza uma vakinha on-line, para custear a obra.

Mãe de gêmeas, Mirella revela que teve uma gestação tranquila. Contudo, no momento do nascimento, em fevereiro de 2017, Valentina teve algumas intercorrências. “Ela não nasceu bem, não respirou, foi entubada e mandada para a UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Com 24 horas de vida, sofreu duas paradas cardíacas. Uma, ela parou e voltou, na segunda, foram 15 minutos de parada. E daí que vieram as sequelas e essa sequela neurológica que desenvolveu a paralisia cerebral.”

Ela conta ainda que a filha ficou 84 dias internada na UTI, lutando pela vida, pois o rim também havia parado. Para a mãe, a menina sempre foi uma guerreira. No entanto, o tratamento mudou toda a rotina da família. “Eu tive que sair do emprego pela demanda da Valentina, para me dedicar a ela, que fazia terapia a semana inteira desde que teve alta hospitalar. E eu tive que ficar correndo entre isso, consultas médicas e tudo.”

Em 2021, Valentina teve de ser internada novamente. Embora tenha conseguido se recuperar, ela ficou com algumas sequelas que causam mais crises respiratórias, agravando o quadro de saúde. Recentemente, no dia 24 de março, a criança passou por uma nova internação na enfermaria. Dois dias depois, precisou ser transferida para a UTI.

“Ela estava muito mal, apresentou uma pneumonia muito grave, com desconforto respiratório muito grave. Então, dia 26 de março, ela estava entubada e teve quatro tentativas de extubação, mas não conseguiu ficar fora do tubo”, revela Mirella.

No último domingo (21), ela teve que passar pelos procedimentos de traqueostomia e gastrostomia. O que vai mudar ainda mais a rotina da família, que terá de adaptar a casa para a filha possa receber cuidados de home care. “Ela vai ficar num quarto que eu já tenho. Como o home care vai ser 24 horas por dia, vou construir um [outro quarto] que passa pelo meu quarto. Minha casa é pequena e eu preciso deixar esse quarto totalmente livre, arrumar alguns detalhes de parede e pintura para receber ela”, explica.

Mirella conta que não recebe nenhum auxílio do governo para custear os gastos com o tratamento da filha. A família conta apenas com a renda do pai, José Domingos dos Santos Filho, que trabalha como inspetor de qualidade.

Como ajudar
A meta da vakinha é de R$ 12 mil. A ação teve início no domingo (21) e já conta com com quase R$ 8,5 mil arrecadados. Também é possível contribuir com a ação solidária pela chave do Pix 227.640.728-05 do pai, José Domingos dos Santos Filho.

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