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Câmara vai formar comissão para tratar da restauração da Capela João de Camargo

Comissão foi a principal resolução tirada na audiência pública realizada pelos vereadores na tarde desta terça-feira; frequentadores criticaram descaso do poder público

Portal Porque

Especialista avalia que só o projeto de restauração da capela terá um custo entre R$ 85 mil e 90 mil Foto: Renata Rocha/Portal Porque

A Câmara de Sorocaba vai formar uma comissão especial para ajudar na restauração da Capela João de Camargo, danificada após fortes chuvas que atingiram a cidade no início do ano. Essa foi a principal resolução tirada na audiência pública realizada pelos vereadores na tarde desta terça-feira (16), no plenário da Câmara Municipal, para debater o tema.

Além dos vereadores, participaram do evento especialistas, autoridades e frequentadores do prédio histórico. A professora e doutora em educação, Daiana de Moura, voluntária da Capela, disse que, “só para começar, a média de custo é entre R$ 85 mil e 90 mil”, disse, se referindo apenas ao projeto de restauração.

Para ela, o que aconteceu foi um “ultraje”, para além de uma tragédia. Segundo Daiana, o patrimônio negro vem sofrendo ataques e os danos na capela João de Camargo ainda causam pesadelos.

Presidente da Capela, Adriano Molina, fez uma breve explanação sobre quem foi João de Camargo e criticou o Poder Púbico. “Deveríamos estar aqui debatendo uma forma de como agradecer tudo que ele fez, não discutindo uma forma de como o poder público ajudar”, disse.

Ele citou, como exemplo, que há um ano pede a retirada de uma árvore condenada no terreno da capela e que até hoje não teve retorno da Secretaria do Meio Ambiente. Molina também fez a leitura de uma manifesto em favor da capela, assinado por diversas personalidades artísticas, e pediu compromissos públicos para a restauração.

Maíra Sfeier, que também é arquiteta e voluntária na recuperação da capela, passou um panorama técnico sobre o trabalho e os problemas de uma má execução de restauro. “Deve ser um trabalho multidisciplinar, que envolve desde arquitetos, engenheiros, historiadores, topógrafos, arqueólogos, museólogos entre outros”, disse, justificando os custos para o projeto de restauração.

Ela explicou sobre trâmites legais de uma restauração para que não tenha perda material e cultural dos bens. Segundo Maíra, houve danos estruturais na capela e que são necessários diversos estudos para entender as necessidades para a restauração. “Depois será realizado um projeto executivo e memorial descritivo necessários para aprovação dentro do conselho. Só então é que poderemos orçar a restauração e a previsão de prazos. O que a gente precisa agora é o dinheiro para os projetos”, afirmou.

Maíra pontuou que uma necessidade da administração pública, para evitar esse tipo de ocorrência, é uma revisão do sistema de drenagem da cidade. Questionada sobre o valor para o total da obra, Maíra disse que são necessários estudos para entender o que é preciso.

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