Valorização dos professores e luta para reverter os retrocessos ocorridos nos últimos anos estão nas plataformas das duas chapas. Foto: Pixabay
Com pautas de reivindicações que versam contra a precarização da categoria, revogação do Novo Ensino Médio e recuperação dos direitos da classe após as reformas instauradas nos últimos anos, duas chapas concorrem às eleições da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) – no âmbito regional e estadual – nesta sexta-feira (26). Em Sorocaba e região, a Chapa 1, Uma Apeoesp unida”, enfrentará a Chapa 2 “Questão de classe”.
As eleições são para a formação da diretoria para um mandato de três anos. No entanto, por conta da pandemia, a atual formação já está há seis anos no comando da entidade sindical. As urnas passarão nas escolas de Sorocaba e região nesta sexta-feira, coletando os votos do professores, a partir das 8h.
Em Sorocaba, a urna fixa ficará na subsede da Apeoesp (rua Maranhão, 130, em Santa Teresinha). Em Votorantim, a urna fixa estará na escola Daniel Verano; em Salto na escola Afonso Vergueiro e, em Piedade, na escola Carlos Augusto. O horário de votação é das 8h às 21h e a apuração ocorre no domingo (28).
Chapa 1
Formada por 53 candidatos, a Chapa 1 tenta a reeleição com uma pauta que contempla a aplicação correta do piso salarial e reajuste dos salários; revogação da reforma do Ensino Médio; volta das faltas abonadas; concurso público para preencher cem mil vagas, entre outras.
“A Chapa 1 tem como proposta o fortalecimento do nosso sindicato, para que possamos reverter os ataques que sofremos nos últimos tempos e que retiraram direitos dos professores, além de lutar por mais conquistas para a categoria”, falou Paula Penha, dirigente regional do sindicato e candidata pela Chapa 1.
Como reforçou, passado esse período de retrocessos, é o momento de a classe se unir para lutar por uma escola pública de qualidade. Por isso a chapa é formada, em sua maioria, por profissionais atuantes na Apeoesp. “O momento mudou e é preciso juntar o campo democrático, progressista, em prol da defesa de uma educação de qualidade, para evitar retrocessos, retirada de direitos, diminuição de orçamento”, defende.
Paula conta que a Chapa 1 tem o apoio de vários grupos e organizações sindicais, e também de partidos políticos como PT, Psol, PCdoB e PCB.
Chapa 2
Entre as principais propostas da Chapa 2, estão: independência política e de classe da subsede; luta contra o assédio moral; contra o fechamento de salas de aulas; formação política e sindical para a categoria; e um site próprio da subsede.
“Identificamos quatro tarefas históricas colocadas para o nosso sindicato: o seu fortalecimento, a partir do retorno da mobilização nas bases; a luta pelo fim do regime precarização do trabalho temporário, com a efetivação de todas as categorias além da luta constante por concurso público decente; o revogaço dos ataques das últimas décadas (pelo reestabelecimento de todos os direitos históricos, e a contra a farsa da nova carreira); e uma ampla discussão sobre a escola pública, pois os trabalhadores também precisam apontar e debater um projeto popular para a educação, que considere comunidade, trabalhadores da educação e estudantes”, explicou Gregório Ribeiro, integrante da Chapa 2.
Além de participantes do coletivo de educadores Questão de Classe, parte da chapa é formada por filiados ao Psol e conta com apoio do Psol, do PSTU, sindicalistas vinculados a central CSP-Conlutas, coletivos de juventude e professores independentes.
