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Podemos pede cassação de vereador acusado de importunação sexual em Salto

Caso aconteceu nas dependências da Câmara Municipal e foi registrado em vídeo que circulou pela média nacional no final de março passado

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Comissão de ética da Câmara de Salto abre processo que pode cassar vereador acusado. Foto: Câmara de Salto

A pedagoga Mércia Mara Falcini, presidente do Diretório Municipal do Podemos em Salto, entrou com representação junto à Mesa Diretora da Câmara pedindo a cassação do vereador Daniel Fraga Moreira Bertani (Novo). O documento foi protocolado em 1º de abril e traz como argumento a denúncia feita pela funcionária da Câmara, Gabriela Azevedo de Melo, que acusa o parlamentar de importunação sexual.

A assessora parlamentar argumenta, no boletim de ocorrência registrado contra o parlamentar, que no dia 5 de março, durante sessão ordinária na Câmara, onde estava sendo homenageado o Dia Internacional da Mulher, Daniel “esfregou suas nádegas nas partes íntimas da frente da funcionária ao passar por ela”, que estava encostada a uma parede. Gabriela acrescentou que há tempos o vereador vinha tendo atitudes estranhas com ela, passando as mãos em seus ombros, braços e costas.

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Na ocasião, o vereador Daniel Bertani alegou que não teve intenção de importunar a funcionária e o episódio foi mal interpretado por conta da arquitetura do prédio da Câmara. Ele também argumentou que a queixa da funcionária atende a interesses do presidente da Câmara, Edival Pereira Rosa (União), a quem ele vinha denunciando.

A dirigente do Podemos lembrou que a cena foi registrada em vídeo que circulou por veículos de comunicação nacionais no dia 29 de março passado. “É inadmissível que um representante eleito pelo povo abuse do seu poder para cometer crime sexual contra uma funcionária. A violência de gênero sofrida por mulheres é uma violação grave dos direitos humanos e deve ser tratada com a máxima seriedade”, argumenta Mércia.

A representação foi encaminhada pelo presidente da Câmara, Edival Pereira Rosa (União) para a Comissão de Ética, presidida pelo vereador Cícero Landim (União). Na semana passada Cícero abriu procedimentos para apurar a denúncia e nomeou o vereador Henrique Balseiro (PL) como relator do processo. Alessandro Silva (Democracia Cristã) completa a comissão de ética que pode cassar o mandato de Daniel.

De acordo com a assessoria de comunicação da Câmara de Salto, a comissão deverá se reunir nos próximos dias para ouvir o vereador e a servidora vítima. Ao finalizar o processo, a Comissão poderá punir o vereador com uma advertência, suspensão ou cassação do mandato.

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