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Melhora na economia faz cesta básica sorocabana cair pelo segundo mês consecutivo

Para economista, cenário de estabilidade econômica no país ajuda a manter queda no preço de alimentos

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A maior redução foi do leite longa vida, que ficou 7,24% mais barato em relação ao mês anterior. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Pelo segundo mês consecutivo, a cesta básica sorocabana ficou abaixo dos R$ 1 mil, segundo dados do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso (Universidade de Sorocaba). Na comparação com o mês anterior, em setembro os 34 produtos básicos de alimentação, higiene e limpeza ficaram 0,42% mais baratos na cidade.

Com a redução, a cesta básica municipal custa agora R$ 980,87, R$ 4,12 menos que em agosto de 2023. Na comparação com setembro do ano passado, a queda é de 11,02%, R$ 121,44 a menos na fatura do consumidor.

Para Felipe Duarte, economista da subseção do Dieese do SMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região), “entre os fatores que ajudam a explicar as quedas nos preços estão o cenário de estabilidade política e econômica que o governo [Lula] conseguiu criar desde a aprovação da PEC da transição, incluindo aspectos como a nova regra fiscal e a reforma tributária.”

Maiores quedas
Em setembro, 23 produtos – dos 34 que compõem a cesta básica sorocabana – tiveram queda. A maior redução foi do leite longa vida, que ficou 7,24% mais barato em relação ao mês anterior. Em agosto, o produto custava R$ 4,94 (1L) e agora sai por R$ 4,58.

A segunda maior queda foi do ovo, que passou de R$ 11,33 a dúzia para R$ 10,60, redução de 6,40%. Já o feijão ficou 5,67% mais barato em setembro. Antes, o quilo do produto estava em R$ 7,51, agora custa R$ 7,08.
Segundo a Uniso, a queda no preço do leite se justifica por maior oferta do produto no mercado interno, ocasionada pela produção maior, além do crescimento nas importações.

Já o ovo ficou mais barato, de acordo com a pesquisa, devido ao calor intenso. As altas temperaturas fazem com que os estoques tenham de ser distribuídos mais rapidamente.

Altas
O frango foi o produto que mais teve alta – 10,65%. Em agosto, o produto custava R$ 7,99 (1kg) e em setembro passou para R$ 8,87. Já o preço do alho teve crescimento de 8,55%, passando de R$ 5,83 (200g) para R$ 6,33.
O arroz também ficou mais caro. Enquanto 5 quilos eram vendidos a R$ 25,61 em agosto, no mês passado subiu para R$ 26,77 – aumento de 4,55%.

A alta significativa do preço do frango, já percebida no mês de agosto, tem como principal causa o aumento da demanda devido ao preço mais competitivo em relação a outras carnes. O aquecimento da demanda faz com que produtores e comerciantes ajustem o preço, impactando o valor final.

No caso do arroz, a saca do produto vem desde agosto mostrando alta; a demanda aquecida e menor oferta no mercado interno são indicadores que justificam essa tendência.

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