Área externa do Hospital Mário Gatti alagou. Foto: Reprodução
Iniciada em dezembro de 2022, e com uma previsão de ser entregue em dez meses, as obras do Hospital Municipal Doutor Mário Gatti estão atrasadas e agora causam um novo transtorno. Por conta das chuvas do final de semana, o espaço destinado a espera inundou e os pacientes ficaram amontoados em uma pequena sala.
As obras estão sendo feitas para ampliar o espaço em quase 800 metros quadrados. Os trabalhos contratados custaram R$ 5,4 milhões. Segundo a Administração, depois da obra, o atendimento no PS adulto deve crescer 30%. Atualmente, o local faz uma média de 11,5 mil consultas por mês.
Imagens feitas na última sexta-feira (16) mostraram toda a área de espera alagada e os pacientes precisaram ficar confinados em um pequeno espaço. Do lado de fora, nem mesmo as cadeiras eram possíveis de utilizar, já que o telhado também não suportou a chuvas.
“Estou aqui no Mário Gatti, dia 16 de fevereiro, às 15h. Pagamos altos impostos e todo mundo tem que ficar do lado de dentro porque chove em tudo. Olha como todo mundo fica lá dentro, cheio de gente”, afirmou a pessoa que gravou o vídeo, mas não se identificou.
Pelo projeto, toda a área de espera do PS adulto, que hoje é parcialmente fechada, será transferida para uma área climatizada. Uma nova rampa de acesso para carros é prevista, assim com a mudança dos quiosques de venda de produtos.
“Pagamos altos impostos e olha a vergonha que está isso aqui. Cadê o nosso dinheiro, cadê o prefeito? Isso está certo? É muito absurdo”, continuou a autora do vídeo.
O que diz a Prefeitura
No dia da chuva, a Prefeitura de Campinas informou, através de nota, que as galerias pluviais próximas à área interna de atendimento aos pacientes não tiveram vazão suficiente para escoar a água da chuva intensa.
“Os maiores transtornos ocorreram no espaço reservado para a espera do pronto-socorro de adulto, que está obras (…) As áreas foram liberadas logo depois que a chuva cessou”, informou a nota.
A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar esclareceu ainda que está adotando medidas necessárias de contingência. Uma delas é o fechamento total de espera com tapumes, especificamente no espaço entre a recepção e a área externa.
“Outra medida é a avaliação e realização de vistoria no fluxo da rede de águas pluviais na área interna do hospital para aumentar a capacidade de drenagem da água e, se for necessário, ampliar essa capacidade de escoamento”, informou.
Em relação aos novos prazos, ainda não há uma definição. “Quanto aos prazos para término da obra de ampliação do pronto-socorro, a diretoria administrativa, junto com a equipe de engenharia, estão avaliando as datas”, finalizou.
